Olá a todos. Ou todxs, se quisermos ser mesmo super
inclusivos e pós-modernos. Porra, já começo assim? Não pode ser. Enfim. Olá.
Puxem uma cadeira, bebam mais um copo, fiquem confortáveis. Hoje é dia 8 de
Março de 2018. Hoje assinala-se o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora.
Desde 1995, assinala-se também o dia dos meus anos. É verdade, hoje faço 23
anos. Obrigada, sim estou a ter um bom dia. Bom, na medida do possível, já que
hoje é dia de trabalhar. Deixem-me apresentar. Desculpem ocultar o nome, ainda
sou do tempo em que se era blogger anónimo. Nem sei porque oculto se basta aparecerem
no meu Twitter para saber. Vá, pronto, sou a Rafa. Tenho 23 anos, acabados de
fazer hoje mesmo. Sou millennial. Preencho os critérios todos: estagiária mal e
porcamente remunerada, ansiosa pela revolução, leu todos os Harry Potter e sim,
dona de um iPhone. Não sou nova na blogosfera, nem na escrita. Acho que escrevo
diários praticamente desde que aprendi a escrever. E escrevo blogs desde que
aprendi o que era um blog, num episódio dos Morangos com Açúcar. O meu primeiro
blog era uma coisa esquisita, quase um diário mesmo. Felizmente nunca chegou a
ter visitas. Com 12 anos criei um blog de homenagem ao High School Musical, que
mantive durante um bom tempo. Era bastante popular, tinha muitos leitores,
sentia-me uma web celeb. Eventualmente cresci dessa fase e criei outro, mais
pessoal, mais na onda do que era um blog “a sério”. Durou toda a minha fase
estranha da adolescência, a Adolescência Parte I, que dura aí até aos 16.
Depois afastei-me disso. Tentei ter muitos outros blogs. Tive um blog de moda,
que contou com um total de quatro publicações ou coisa que o valha. Tive um
blog a imitar o d’A Mulher Certa, que não resultou. O meu último blog pegava
numa alcunha que alguém um dia me chamou, ainda tentou viver, mas decidi
matá-lo. (Podem ver os seus restos mortais ao navegar no histórico de posts
deste mesmo, que nasceu das cinzas do defunto.) Não me fazia sentido, já não me
sentia assim. Como é que eu me sinto? Nem sei. Só sei que desde que apareceu o
conceito de millennial, que gosto dele e de fazer parte dele. E adoro todas as
notícias cujo título dizem que a geração millennial “está a matar” mais uma indústria.
Posto isto, juntei as duas coisas e cá estou. Prometo tentar agarrar isto de
frente e não deixar fugir, até porque já tenho uns quantos posts agendados. Não
sei o que vai sair daqui, não prometo nada. Alguém leu isto? Se sim, obrigada
por chegarem até aqui. Bem-vindos, queridos Millennials*.
*Millennails, baby-boomers, Gen Z, venham todos que há
espaço que chege.
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