Hoje a minha dor é esta No pasmo dos descaminhos Querer deitar fogo à floresta Sem queimar os ninhos Nem um som da sesta
(...)
Digo que saio mas não vou Eu calo e quando falo Eu nunca abro o jogo todo Eu fico achando que arco Mas depois mato o que restou Não queimo então Não chega porque amor para mim é fogo!
Não consigo parar de ouvir essa música do álbum Sereia Louca (como, aliás, também não consigo parar de ouvir o álbum em si). Diz muito, diz tudo. 2015 está a acabar e a minha cabeça só anda a fazer balanços. 2015 e as pequenas-grandes mudanças na minha vida. Portas que se fecharam e janelas que se abriram entretanto. É cliché, é, mas é verdade. Perdi pessoas mas cresceram outras, que estão cada vez mais a tomar um lugar de honra no meu coração. Tive de aprender a ser mais dura com os outros e comigo mesma. Mostrar que estou zangada e que estou magoada. Mostrar que perdoo, mas que senti. E tudo isso reflectido nesse extraordinário poema que ouço em repeat.
Ao longo do mês vou escrever mais sobre os balanços de 2015. A música definitivamente marcou o meu ano e ajudou-me a conseguir suportar melhor determinados momentos.
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